Na noite desta quarta-feira, 6 de agosto, manifestantes se reuniram na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, para protestar contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Este foi o terceiro dia consecutivo em que apoiadores de Bolsonaro realizaram buzinaços e manifestações públicas no Distrito Federal.
O grupo, composto por cerca de 40 pessoas, iniciou a concentração por volta das 19h. Com bandeiras do Brasil e faixas com frases como “Fora, Moraes” e “Fora, Lula”, os manifestantes expressaram descontentamento com a decisão do ministro Alexandre de Moraes. Equipes da Polícia Militar do DF acompanharam o ato, garantindo a segurança no local. Durante a manifestação, diversos veículos que passavam pelo local aderiram ao protesto com buzinas em sinal de apoio. Após o ato na rodoviária, parte dos manifestantes seguiu em direção ao Anexo 2 da Câmara dos Deputados, com o objetivo de apoiar parlamentares que também protestam e atuam para travar as votações no Congresso Nacional.
A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro foi decretada na segunda-feira, 4 de agosto, após o descumprimento de medidas cautelares anteriormente impostas pelo Supremo Tribunal Federal. Segundo informações divulgadas pelo STF, o ex-presidente teria compartilhado vídeos nas redes sociais relacionados às manifestações do domingo anterior, 3 de agosto, o que motivou a nova decisão judicial.
De acordo com a determinação do ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro deverá cumprir a prisão em sua residência, em Brasília. Durante esse período, ele está proibido de receber visitas, exceto de seus advogados ou pessoas previamente autorizadas pelo STF. Também foi imposta a proibição do uso de celular, tanto de forma direta quanto por intermédio de terceiros. Além disso, Moraes ordenou a busca e apreensão de qualquer aparelho telefônico que esteja sob posse do ex-presidente.
A medida provocou reações imediatas de seus apoiadores, que seguem promovendo atos em Brasília. As manifestações, que envolvem buzinaços e deslocamentos até pontos estratégicos como o Congresso Nacional, devem continuar nos próximos dias.
